terça-feira, 26 de julho de 2011

...Brilhantismo...

As pessoas estão cada vez mais distantes do senso natural de querer buscar a solução dos problemas como sociedade. Onde deveria ser um quórum, há na verdade uma disputa de quem consegue mostrar mais o poder de persuasão, e na maioria dos casos, muitos fazem silêncio referente às suas VERDADEIRAS opiniões.
‘Em uma reunião entre os dez homens mais inteligentes da terra, o irmão Dr. Pierre expressa a sua justa, paciente e mui eloquente visão. Um irmão do mesmo quórum expõe então sua discordância, quando o Dr. Pierre disse:
- Honorável irmão, tu poderias explanar a respeito, até para que eu possa ter uma melhor compreensão do tema proposto, afim de entender por que um homem tão dotado de inteligência como o senhor descorda da minha forma de pensar e por conseguinte da minha opinião?
O honrado, inteligente porém arrogante homem, então disse sem pestanejar que sobre o tema proposto, ninguém na sala poderia ou deveria ter duvida, e se alguém mais pensasse diferente, é por que não acompanhavam o seu raciocínio por demais avançado, assim não deveriam então compartilhar daquele quórum.
Dr. Pierre então baixou os olhos tristes e compreendeu naquele momento que o honrado e até então admirado homem sentado a sua frente era sim muito inteligente, entretanto burro demais para entender o brilhantismo das diferentes formas de pensar.’

O que eu gostaria que os leitores deste texto entendessem com essa “estorinha” é que pensar diferente não significa que um tenha razão em contrapartida de outros. Até porque, a única verdade absoluta é que nada é tão certo que, com o tempo e compreensão, dado a trajetória do homem, não possa ser provada como um fato diferente do que se tinha. Então sobrará margens para que outros, em outro momento, venham e digam que mais uma vez tudo pode ser diferente. Afinal, tudo que sabemos é fato, até que se prove o contrário.


Tito Martins
26 de Julho de 2011
Porto Alegre, RS - Brasil

  

quinta-feira, 21 de julho de 2011

PARE OLHE ESCUTE ... Aprenda!

Gosto de pensar na estrada como uma grande professora, uma mestra para a vida.
Muito comumente encontramos analogias da “Estrada” simbolizando o nosso caminho na vida, o trajeto que "temos" que percorrer. O que já é quase um clichê é dizer que a própria “Estrada” é a vida e não um caminho apenas. Mas quantas vezes paramos para observar como a vida transcorre?
Estava dirigindo por um caminho cujo terreno era bastante acidentado e irregular, comecei a pensar que a vida da gente por vezes se parece muito com este tipo de estrada, não há de fato obstáculos que nos façam querer parar, ou desistir de seguir adiante, mas nos perguntamos muito frequentemente, se não poderia ser menos sofrível a viajem.
“Não poderia ser mais confortável?”
“Não poderia ser mais fácil?”
Não demorou muito para que eu percebesse que repentinamente a estrada ficou ainda mais esburacada e com menos terra batida entre as pontas afiadas das pedras, o carro então, começou a trepidar mais e um instante apenas antes de reclamar, me lembrei da placa que eu cruzara há alguns metros, a qual  informava que logo começaria o asfalto. Foi quando eu decidi parar o carro, não por desistência, mas para observar e prestar mais atenção no que a minha querida professora estava querendo me dizer.
Sentado em uma pedra, ali mesmo, no acostamento, comecei a entender que, por conta do fluxo contrario dos carros, os que vinham do asfalto para a estrada de chão, vinham com uma velocidade mais elevada, e ao entrar no terreno sem a proteção do asfalto, este sofria com o impacto dos pneus. Até que eles reajustassem sua velocidade para uma velocidade compativel a um terreno mais acidentado, já se passara mais de 40 metros, assim, espalhando o cascalho mais vigorosamente naquele pequeno espaço.
Entendi porque antes do asfalto a estrada é mais esburacada.
Levantei de onde estava e continuei o meu caminho, e para a vida, o que trago é que não devo me preocupar demasiadamente com as coisas quando estas me parecem desagradáveis ou desconfortáveis. Só o que preciso fazer diante dessas ilusões, é continuar firme, pacientemente, a fim de aproveitar todos os ensinamentos que os muitos professores da vida poderão me ensinar, neste caso minha querida professora a Estrada: “ainda que trepide um pouco mais, logo o caminho ficara firme, macio, suave e seguro”. Terá começado o asfalto.
Se as coisas não estiverem me parecendo confortáveis na vida, por certo, diante dos maiores problemas que me serão apresentados, poderei levantar os olhos e olhar a diante, pois o que é mais certo, é que logo tudo ficará muito melhor.


Tito Martins
21 de Julho de 2011
Porto Alegre, RS - Brasil